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Consumidor precisa recuperar a confiança

Aos poucos, o consumidor recobra a confiança e o mercado começa a sentir os efeitos positivos após um ano economicamente travado. De acordo com entidades da cadeia da construção e do setor imobiliário, Campinas está retomando sua força no segmento. Os primeiros meses do ano sinalizam uma melhora no cenário, em relação ao mesmo período de 2106, com expectativa de aumento de 7% no encerramento do trimestre, dos quais 5% já consolidados até o momento, segundo Rodrigo Coelho de Souza, diretor de Intermediação Imobiliária e Marketing da Regional do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) em Campinas. “Com base em março, o melhor mês até agora, com pico de 10% no volume de negócios, acreditamos em uma recuperação progressiva no decorrer do segundo semestre”.
Com 120 dias sem lançamentos expressivos, desde o último residencial colocado à venda na cidade — um empreendimento de alto padrão que abriu comercialização entre os meses de outubro e novembro no Cambuí — as incorporadas aguardavam a retomada do otimismo e indícios de recuperação da confiança entre os consumidores para colocar em pratica projetos iniciados nos anos anteriores. Souza acredita que em função da queda progressiva de juros e do aumento no número de financiamentos — entre as empresas associadas à Rede Imobiliária Campinas, que concentra as maiores imobiliárias do mercado local, por exemplo, o incremento chegou a 10% no volume de operações a partir de crédito imobiliário no período, para imóveis com preços entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão —, muitos incorporadores se animam já neste semestre. Entre os projetos prestes a entrar no mercado local estão um loteamento de padrão médio-alto na região do Alphaville, um condomínio de casas de padrão médio-alto em Sousas e um prédio residencial médio-alto no Guanabara.
Enquanto os lançamentos aguardam estrategicamente para a “temporada 2017”, o mercado conta com a força das locações como importante produto para impulsionar o segmento. “O aumento na procura por locações causou bastante impacto no setor imobiliário, principalmente para imóveis comerciais, demonstrando a volta da confiança no mercado e o otimismo nas empresas”, analisa Souza. Bairros como Cambuí, Guanabara, Centro, Chapadão e Nova Campinas são os mais visados para ofertas de locação para empresas, profissionais liberais, comerciantes e empresários. A faixa de preço mais atrativa, dependendo do porte do imóvel e localização, varia de R$ 3 mil a R$ 6 mil. E entre casas e apartamentos residenciais, os mais procurados têm aluguéis entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil.
Os efeitos pontuais da falta de lançamentos passam hoje despercebidos no mercado, em função de uma da piores recessões já enfrentadas. De acordo com Souza, a queda na oferta irá impactar o setor no momento de alta na procura, em função da redução de produtos, movimento normal de adequação do mercado. “Por enquanto, a oferta ainda é maior que a procura. Quem tem capital para investir, o momento é agora. A tendência é de aumento de preço a partir do segundo semestre, e com mais força em 2018″ , diz Souza.

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